O artesão Jonatas de Campos Bueno, conhecido por Joca, 37 anos, de Caraguatatuba, foi um dos contemplados na 5ª edição do Prêmio Culturas Populares – Leandro Gomes de Barros – promovido pela Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura. Dos 200 selecionados, ele ficou na 35ª posição e recebeu R$ 10 mil, além de ser considerado mestre por manter vivo o patrimônio da cultura popular do país. O objetivo da premiação foi estimular uma das maiores riquezas, a cultura feita pelo povo do Brasil.
Joca é professor de artesanato e, atualmente, dá aula na Casa Beija-Flor. Mas também já ensinou a crianças e jovens atendidos pelo Conselho Tutelar e Fundação Casa, entre outros órgãos, sempre levando a cultura caiçara. Seu ateliê funciona no bairro Caputera.
O artesão usa matérias-primas como folha de bananeira, fibras, embaúba, taboa, pandano, entre outros produtos para produzir chapéus, bolsas, acessórios, enfeites. “Trabalho com uma série de matérias e gosto muito de ensinar essa técnica”, conta.
Há pelo menos 25 anos ele é artesão e conta que tudo começou por conta da dificuldade profissional. Gostou e hoje é a sua profissão. Ele ainda destaca o potencial turístico que esses produtos que representam a cultura popular têm para o município.
A Unesco define Cultura Popular como “o conjunto de criações que emanam de uma comunidade cultural, fundadas na tradição, expressas por um grupo ou por indivíduos e que reconhecidamente respondem às expectativas da comunidade enquanto expressão de sua identidade cultural e social”. Engloba folclore, cultura oral, cultura tradicional e cultura de massa.
Patrono da premiação, Leandro Gomes de Barros, paraibano, nascido em 1865, é considerado o rei dos poetas populares do seu tempo. Foi um dos poucos poetas populares a viver unicamente de suas histórias rimadas, que foram centenas. Leandro versejou sobre todos os temas, sempre com muito senso de humor.