Mais de 100 mil pessoas passaram pelo 22º Festival do Camarão de Caraguatatuba, realizado entre os dias 12 e 21 de julho na Praça da Cultura (Avenida de Praia). O movimento e as vendas superaram as expectativas dos pescadores das 25 barracas de salgados e doces que aprovaram o formato de 10 dias corridos.
A estimativa era comercializar mais de 50 toneladas de Camarão, o rei da festa, mas os participantes falam em muito mais. “É até impossível contabilizar, mas todo mundo vendeu muito”, disse o presidente da Associação dos Pescadores da Praia do Camaroeiro, Nilo Rolim do Amaral, o Nilo Cabeça. O festival foi realizado pela Fundacc – Fundação Educacional e Cultural de Caraguatatuba e Prefeitura de Caraguatatuba, em parceria com a entidade.
Rogério Tapligiani está sorrindo à toa. Só de bolinho de camarão ele conta que foram feitos 1.300 para o festival, mas na segunda-feira precisou correr para fazer mais. “Vendemos mais de 2 mil unidades”, conta.
Glaydson Alves Macedo, o Gresso, também está satisfeito e que aprovou os dias corridos. Ele sugere colocar mais músicos de segunda a quarta-feira e deixar o festival do dia todo na sexta-feira. “É um dia de muito movimento e já queremos começar cedo”.
Nos dias de maior movimento era comum ver as barracas lotadas, mas os visitantes não arredavam o pé, como Julio Cardoso da Silva, 32 anos, de Caraguatatuba que foi todo um final de semana comer camarão. “Já experimentei a porção de sete barba, o espaguete, o escondidinho, fora o que comia com amigos”.
A presidente da Fundacc, Silmara Mattiazzo, relata que no último final de semana teve de conseguir mais 250 mesas e 1 mil cadeiras para atender o público em horários de picos. Inicialmente eram 700 mesas com 2,8 mil cadeiras.
Bom também para a artesã Maria do Socorro que fez sucesso com seus turbantes e faixas para cabelo. “A festa é muito boa. Era colocar um turbante na manequim que logo já tinha saída”.
Na Tenda da Memória, destaque para o Espaço Kids com brincadeiras lúdicas e o teatro com o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, onde foi dado o recado para os cuidados com a água parada.
No palco, espaço para os quase 500 músicos que fizeram seus shows para uma plateia sempre cheia, além dos alunos de dança das Oficinas Culturais da Fundacc que tiveram a oportunidade de apresentar coreografias novas nos mais variados estilos, dos grupos de tradições populares.
Este ano o festival ainda ganhou seu mascote, o Caramarão – Caraguá + Camarão – nome escolhido após uma enquete nas redes sociais da Fundacc. A Casinha Caiçara, a Casa da Farinha, a Capelinha de São Pedro e o nome da cidade como ponto de fotografia também fizeram sucesso.
O 22º Festival do Camarão gerou em torno de 1.100 empregos diretos e indiretos com trabalhadores temporários nas barracas, na limpeza, segurança, atendimento médico, além de estrutura, iluminação, compra no comércio local.