A Biblioteca Municipal “Afonso Schmidt”, de Caraguatatuba, inaugurou, nesta quarta-feira (26), o primeiro espaço acessível para uso os equipamentos de acessibilidade e tecnologia assistiva para deficientes, concedidos pelo programa “Acessibilidade em Bibliotecas” da Secretaria Estadual da Pessoa com Deficiência.
O espaço é equipado com ampliador automático, scanner leitor de mesa, teclado ampliado, mouse estacionário, software de voz sintetizada para atuação com o software leitor de tela NVDA, computador, display braile e impressora braile.
A Biblioteca Municipal, que fica na Fundacc – Fundação Educacional e Cultural de Caraguatatuba, foi uma das 18 do Estado de São Paulo, selecionada em 2016, para receber os equipamentos que fazem parte do programa.
Responsável pela biblioteca, Fabiana Crnkowise destacou a importância de receber esses equipamentos e que toda a equipe foi capacitada para atender os usuários. Segundo ela, a biblioteca tem cerca de 5 mil pessoas com cadastro ativo e quase 150 usam o espaço diariamente para empréstimo e devolução de livros e acesso à internet. “Com a Biblioteca Acessível o usuário poderá usar o computador por 40 minutos e se não tiver fila pode ficar mais tempo”, antecipou.
Na avaliação do secretário dos Diretos da Pessoa com Deficiência e do Idoso, Léo Macedo, a Prefeitura e a Fundacc deram um salto na acessibilidade com a implantação do espaço de extrema importância na vida das pessoas com deficiência e para a inclusão.
A presidente da Fundacc, Silmara Mattiazzo, chamou a atenção para quem tem algum deficiente na família e sabe como é difícil para colocá-lo em acesso às redes sociais. “Hoje temos um teclado em brailes e vamos formar agentes multiplicadores para que possam atender todos que têm algum tipo de necessidade especial”.
Durante a inauguração da Biblioteca Acessível, o prefeito de Caraguatatuba, Aguilar Junior, destacou que “este é mais um ponto do nosso jeito de governar, tratar o próximo com todo o carinho que me merece. Só quem vive o dia a dia do deficiente sabe como o trabalho é árduo”.
O deficiente visual Marcos Wellington de Souza, 26 anos, foi conhecer a biblioteca acessível e disse ter ficar muito feliz. “Há muito tempo esperava por um espaço assim. A prefeitura evolui e pensa nos deficientes, promovendo a inclusão para o desenvolvimento das pessoas que precisam”.
Para ele, será muito mais fácil para quem precisa mexer no computador, nos equipamentos, sem complicação alguma. “Eu nem sabia que existia impressora em braile. Essa biblioteca é uma inspiração para o deficiente ter a sua independência”.